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SELIC a 5%: como ativos alternativos podem melhorar seu rendimento?

Atualizado: 29 de jun. de 2020

A renda fixa historicamente é um dos melhores investimentos no Brasil. Risco baixo, para retornos que em outras partes do mundo seriam inconcebíveis. Vamos fazer uma comparação entre o CDI, um dos mais importantes índices de renda fixa, e o Ibovespa.

Em 1994, o índice IBOVESPA estava na casa dos 4.300 pontos. Hoje, ele vale 108.200 pontos — ou seja, que investiu R$100 na Bolsa no começo do Plano Real teria hoje (03/11/2019) R$2.516.


Parece ótimo, já que o valor corrigido pela inflação seria de R$546,20. Ou seja, o investidor teria um ganho real de 1.870% na Bolsa, ou 12,6% ao ano.


Por outro lado, o investidor que tivesse investido no CDI em 1994 teria hoje R$4.720,00. Seu ganho real teria sido 4.174%, ou 16,1% ao ano.


Portanto, como reagir a essa visão?


Os retornos do Tesouro Direto e de outros títulos de renda fixa estão caindo dramaticamente. O que fazer nesse cenário, quando sentimos saudades dos títulos que pagavam 17% ou 18% ao ano?


ATIVOS ALTERNATIVOS


Recentemente uma nova classe de ativos está surgindo. O nome “ativos alternativos” ainda é polêmico, por que existem muitas definições para o que eles seriam:


1. Ativos com correlação negativa com o mercado tradicional — ou seja, quando as aplicações tradicionais perdem rendimento, eles ganham, e vice-versa;

2. Ativos sobre os quais o investidor pessoa física não costumava ter acesso — ouro, petróleo, precatórios, startups em fase de aceleração…

3. Ativos novos, criados com a modernização do sistema financeiro


Cada uma dessas definições está certa e errada, mas isso pode ser tema de outro artigo. O que é importante dizer é que existem ativos alternativos para todos os perfis de risco, desde produtos muito parecidos com uma renda fixa até os mais arriscados.


Por enquanto, cabe saber que eles possuem um potencial imenso de trazer retornos interessantes ao investidor. Eles podem ser a salvação em um cenário no qual a poupança, investimento mais queridinho dos brasileiros, está perdendo até para a inflação.


Por exemplo, o ouro saiu da casa dos US$1200 para US$1500 nos últimos 12 meses, um retorno de 23%. Existem várias formas pelas quais você poderia ter aproveitado esse rendimento: fundos, contratos de ouro negociados em Bolsa, e até ouro físico (sim, se quiser você pode ter uma barra de ouro em casa, embora eu não veja a necessidade além de exibir para os seus amigos).

























Esse rendimento foi um pouco arriscado, é verdade. Contudo, existem outros ativos alternativos com um perfil muito mais seguro. Veja o caso dos tokens de precatórios, por exemplo, que são hoje negociados no MBDA. Precatórios são dívidas judiciais do Poder Público, que entram em uma fila de pagamento assim que são emitidos. Como eles podem demorar a ser pagos, vários credores estão dispostos a ceder seus precatórios por menos que o valor de face, pela possibilidade de ganhar imediatamente.


Se alguém tem um precatório de R$100.000, que tem previsão de pagamento para 2023, pode vendê-lo por R$70.000 hoje, por exemplo. O investidor que comprar esse título receberá os R$100.000 (mais inflação) no futuro, tendo seu retorno. E que retorno ele pode se tornar:



Mesmo o cenário pessimista, de 230% do CDI, é muito melhor que qualquer título que pode-se encontrar no mercado. Isso para um ativo que possui como maior risco o atraso no pagamento, mas que será pago, já que dívida pública que deve ser incluída em orçamento por força da Constituição.


CONCLUSÃO


Esse blog irá se dedicar e explorar esse novo universo de ativos alternativos, ensinando você quais os riscos dessa nova modalidade, os potenciais retornos, e quais as possibilidades que eles trazem.


Não ganhamos valores fixos nem variáveis pelas recomendações de investimento. Nosso compromisso é manter isenção em relação a nossas recomendações, e tomamos financeiramente nas nossas vidas pessoais os mesmos riscos que recomendamos.

Ficaremos mais do que felizes em bater um papo nos comentários!


SOBRE O AUTOR


Marco Antongiovanni é formado em Administração pela FGV, e cursa Direito pela USP. Seu interesse por investimentos é tanto pessoal quanto profissional. Já trabalhou com project finance, equity crowdfunding, e hoje faz parte da equipe de ativos digitais do MBDA. Acredita que investidores podem conseguir melhores retornos com novas modalidades de investimento, que até pouco tempo atrás eram restritas a certos círculos fechados, e instituições financeiras.

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